domingo, 23 de novembro de 2014

Dia 09/07/14 – Nafplio – Micenas - Delfos


Passeando em Nafplio
Depois de um primeiro dia bem corrido tivemos que acordar relativamente cedo pois o nosso segundo dia na Grécia também seria bem longo e cheio de atividades! O plano seria passear pela manhã em Nafplio e após o check-out passar por Micenas e dormir em Delfos! Tomamos café no nosso hotel, no restaurante que fica no térreo. O café da manhã na Pensão Omorfi Poli (όμορφη πολύ) é pago à parte (6 euros por pessoa), mas vale muito à pena, pois as porções são bem fartas, tudo de boa qualidade e o ambiente é muito agradável.


 Varanda do quarto na Pensão Omorfi Poli.


 Sala de estar e porta do nosso quarto na Pensão.


  Varanda do quarto na Pensão Omorfi Poli.

 Varanda do quarto na Pensão Omorfi Poli.

Café da manhã na Pensão Omofi Poli.



Café da manhã na Pensão Omofi Poli.

Em Nafplio existem vários passeios interessantes, mas por falta de tempo tivemos que escolher apenas um passeio principal. Decidimos subir até o Palamidi (ingresso: 4 euros por pessoa), uma fortaleza construída pelos venezianos por volta de 1711 no alto de um monte. A subida pode ser feita por uma escada que dizem ter mil degraus (não sei se chega a tudo isso, mas a sensação de quem sobe deve ser essa!) ou de carro (nossa opção), sendo que neste caso você estaciona em frente à entrada da fortaleza. Realmente a fortaleza é belíssima, pois foi construída de forma a aproveitar as irregularidades do terreno e parece se integrar bem com a paisagem. Além disso, a vista do alto da fortaleza é impressionante, pois dá pra ver a cidade inteira e o mar. O local já foi cenário de diversos acontecimentos históricos importantes para a história da Grécia. Vimos várias famílias gregas visitando o monumento e elas pareciam bem empolgadas sobre os detalhes de cada parte da fortaleza. Um dos pontos mais visitados é uma minúscula cela, uma espécie de solitária, onde o herói da independência grega, o General Theodoros Kolokotronis (Θεόδωρος Κολοκοτρώνης), permaneceu preso por 11 meses. É um passeio não recomendado para claustrofóbicos, pois a cela realmente é minúscula e não dá pra imaginar alguém tanto tempo preso naquele lugar!


Fortaleza Palamidi vista da varanda do nosso quarto.


 Fortaleza Palamidi vista do estacionamento público onde estava nosso carro.

Estacionamento público de Nafplio, ao lado do centro histórico e das docas.

 Visão de Nafplio do alto da fortaleza Palamidi.

 Golfo de Nafplio visto do alto da fortaleza Palamidi.


Fortaleza Palamidi.

Fortaleza Palamidi.


Fortaleza Palamidi.

Fortaleza Palamidi.

 Visão de Nafplio do alto da fortaleza Palamidi.

 Fortaleza Palamidi.

  Ruínas da Fortaleza Palamidi.

 Fortaleza Palamidi.
 Fortaleza Palamidi.


  Fortaleza Palamidi.

  Fortaleza Palamidi.

 Antigas celas da prisão localizada na Fortaleza Palamidi.

Visão panorâmica da Fortaleza Palamidi e da cidade de Nafplio.



Vídeo que fizemos na Cela onde ficou preso o General Theodoros Kolokotronis na Fortaleza Palamidi.

Depois de andarmos por alguns minutos pela fortaleza, que ocupa uma área bem grande do monte, com o sol castigando nossas cabeças, chegamos à conclusão de que subir à pé ao Palamidi não deve ser uma boa ideia! Lá do alto pudemos ver uma praia lotada, com águas bem cristalinas e calmas. Era a praia de Arvanitias  (Αρβανιτιάς). Nossa vontade era de estender o passeio até lá, mas infelizmente não seria possível!


Praia de Arvanitias vista da Fortaleza Palamidi. 


 Águas cristalinas da Praia de Arvanitias vistas da Fortaleza Palamidi. 

 Praia de Arvanitias e golfo de Nafplio vistos da Fortaleza Palamidi. 

 Praia de Arvanitias e golfo de Nafplio vistos da Fortaleza Palamidi. A pequena ilha que fica ao fundo, no meio da baía é um castelo veneziano construído em 1473 para proteger a cidade dos piratas e invasores. Infelizmente não pudemos conhecê-lo.

Retornamos rapidamente para o hotel, pois ainda tínhamos que arrumar as coisas, tomar banho e fazer o check-out às 12h00min. No caminho ainda tivemos tempo de passar em uma loja no centro de Nafplio onde compramos algumas lembranças e sofremos bullying da vendedora depois de ela saber que éramos brasileiros. Na verdade não foi bem um bullying, mas ela ficou nos questionando o que havia acontecido e torcendo o nariz para os alemães! Essa foi a primeira de muitas vezes em que ouvimos a mesma coisa! Deixamos Nafplio com a sensação de que ainda tínhamos muito a conhecer! A cidade é muito agradável e tem um clima bem especial! Quem sabe em uma próxima vez...


 Rua do nosso hotel no centro histórico de Nafplio.


Despedida do nosso hotel em Nafplio.

Passeio em Micenas
Na chegada a Micenas (Μυκήνες), que fica a 32km de Nafplio, aproveitamos um quiosque do Correio para mandarmos cartões postais para as crianças. Entramos no sítio arqueológico de Micenas (6 euros por pessoa) e fomos direto para o museu. O local é bem novo, com ótima infraestrutura e um ar condicionado providencial naquela hora do dia! O museu é interessante, mas as peças mais valiosas encontradas em Micenas, como a máscara de Agamenon, não estão ali, mas no Museu Arqueológico de Atenas. Mas o passeio ao museu vale a pena!


 Objetos encontrados nas escavações em Micenas.


 Vaso encontrado na cidade antiga de Micenas.


Plantações de Oliveiras vistas de dentro do Museu Arqueológico de Micenas.

Maquete das ruínas da cidade de Micenas.

Tomamos coragem e seguimos rumo às ruínas da cidadela de Micenas. A cidade foi construída em cima de um monte, ladeada por dois outros grandes montes. A entrada do local é a famosa Porta dos Leões, que já mostra o grau de evolução daquela sociedade, pois toda a estrutura foi construída com pedras gigantescas e muito pesadas, utilizando princípios de engenharia que até hoje intrigam os estudiosos, isso no século 2 a.C.! Na verdade, a civilização micênica foi uma das mais importantes da história grega e dominou toda a região no período de 1600 a 1100 a.C. A cidade teria sido fundada por Perseu, famoso na mitologia por ter arrancado a cabeça da Medusa. Uma das histórias mais conhecidas envolvendo a cidade de Micenas é a da Guerra de Tróia. Em resumo, o Rei de Micenas, Agamenon, liderou um exército grego contra a cidade de Tróia, para resgatar Helena, esposa do seu irmão Menelau, que havia sido “sequestrada” por Páris. O interessante é que essa e outras histórias sempre foram vistas como lendas, até que arqueólogos começaram a encontrar vestígios históricos que indicavam que aqueles personagens realmente existiram.


 Entrada principal da cidadela de Micenas: A Porta dos Leões.

  Entrada principal da cidadela de Micenas: A Porta dos Leões.

Um dos complexos de túmulos, onde foram encontrados vestígios de tumbas de vários reis.


Subida na cidade de Micenas. 


 Montanhas que circundam a cidade de Micenas.


Vista panorâmica do topo da cidade de Micenas.

Reconstrução de que como seria a cidade de Micenas. A Porta dos Leões fica na parte de baixo e logo à direita fica o complexo de túmulos reais.

Subindo pelas ruas de Micenas dá pra imaginar a grandiosidade da cidade que um dia existiu ali. À medida que subimos pelas ruas da antiga cidade, temos uma bela visão da planície da Argólida que cobre quase 180 graus à frente e é em boa parte coberta de oliveiras e na parte lateral e traseira a cidade é protegida por dois grandes montes. No topo do monte é possível conhecer as ruínas do que seria o palácio real, com grandes salões e a sala do trono. Avançando para a parte de trás da cidade, ainda é possível ver um poço cheio de água e uma cisterna que possui uma escadaria até o subsolo. Para os mais corajosos, é possível descer na cisterna totalmente escura. É uma experiência bem interessante.


Bela paisagem da cidade de Micenas. 


 Topo da cidade de Micenas. Neste local ficava o palácio real (Megaron).

Reconstrução de como seria o palácio real (Megaron).


 Vista da cidade de Micenas.


  Vista da cidade de Micenas.

  Vista da cidade de Micenas.

 Descida da cisterna de Micenas. O local é totalmente escuro, na foto usamos a lanterna do celular!

Uma das portas laterais de entrada da cidade. Detalhe para o tamanho das pedras utilizadas na construção!



 Vídeo que fizemos na descida da cisterna de Micenas!

Saímos do sítio arqueológico de Micenas e fomos conhecer o Tesouro de Atreu, que fica bem próximo da antiga cidade. Trata-se de um antigo túmulo do Rei Atreu, pai do Rei Agamenon (aquele que liderou os gregos na guerra de Tróia). A estrutura interna do túmulo é impressionante. Os achados arqueológicos do túmulo se encontram na sua maior parte no Museu Arqueológico de Atenas. Uma curiosidade para nós brasileiros: em outubro de 1876 o Imperador Dom Pedro II do Brasil, conhecido pela sua erudição e interesse em história, visitou as escavações que eram realizadas em Micenas pelo Arqueólogo Heinrich Schliemann. O arqueólogo passeou com o Imperador por todas as ruínas e ao final realizaram uma refeição dentro do Tesouro de Atreu.


Tesouro de Atreu (Túmulo do Rei Atreu).


  Entrada do Túmulo.


Interior do Tesouro de Atreu.

Imagem que mostra como é a estrutura interna e externa do Tesouro de Atreu.

Falando em refeição, já havia passado e muito a hora de nosso almoço (já era mais de 15h), então seguimos diretamente para uma rua principal que fica bem na entrada de Micenas, formada basicamente de restaurantes e lojinhas de lembranças. Paramos no restaurante Elektra e pedimos nossa primeira refeição tipicamente grega: Souvlaki (σουβλακι - espetinho de carne de porco ou frango) com batatas fritas, pão pita e Tzatziki (Τζατζίκι), uma espécie de molho de alho com iogurte. O lugar era simples, mas a comida era ótima e barata (8 euros por pessoa). Nos restaurantes da Grécia é costume deixar uma média de 10% do valor da conta como gorjeta.




Nossa primeira refeição típica grega. À esquerda o molho Tzatziki, no meio o pão pita e à esquerda o espertinho de Souvlaki de frango com batatas.



Rumo a Delfos

Seguimos viagem rumo a Delfos (Δελφοί), que fica a 237 km de Micenas (2 pedágios: 2,50 e 1,80 euros). A distância é pequena, mas as estradas da Grécia são muito sinuosas e a maior parte do percurso é pelas montanhas, de forma que a viagem durou um pouco mais de 3 horas. Antes de viajar, li muitos relatos assustadores sobre o trânsito da Grécia e o risco de se dirigir nas estradas. Diziam que os motoristas são loucos e que a Grécia é a recordista europeia de acidentes de trânsito. Mas confesso que achei as estradas relativamente tranquilas. É claro que víamos muitos motoristas mais apressados e ousados, mas nada de diferente do que vemos no Brasil. Na verdade, achei até os motoristas bem educados. Enfim, para quem dirige no Brasil, principalmente nas estradas e nas grandes cidades, não há o que temer nas estradas gregas!


Nosso percurso de cerca de 237 km entre Micenas e Delfos.


Falando em estradas, essa parte da viagem é cansativa, mas gratificante! As paisagens que beiram as rodovias são belíssimas! Passamos por planícies, plantações, pequenas cidades e ao nos aproximarmos de Delfos, dirigimos por estradas que passam no meio das montanhas. Um visual incrível! A cidade de Arachova, que fica um pouco antes de Delfos, é impressionante, pois as casas são construídas na beira da montanha.


 Estradas gregas: bem conservadas e cheias de pedágios!


 Nós na estrada!

Finalmente chegamos a Delfos e fomos direto para o hotel que já havíamos reservado pelo Booking, o Acropole Delphi Hotel (65 euros). O hotel fica uma rua abaixo da principal e é voltado para um belíssimo vale. Da nossa janela era possível ver as montanhas e o Golfo de Corinto. O hotel é muito bom e o quarto é bastante confortável. Como chegamos relativamente cedo, fomos caminhar um pouco antes do pôr do sol. A cidade é muito pequena e é toda construída aos pés do monte Parnasso. O clima era de cidade pequena, do interior, e apesar de ser uma rota turística famosa, não parecia muito cheia.

Fachada do Hotel Acropole Delphi.

Quarto do nosso hotel em Delfos. 


 Quarto do nosso hotel em Delfos. 

Vista da varanda do quarto do nosso hotel em Delfos. 

 Vista da varanda do quarto do Hotel Acropole Delphi. Lá no fundo fica o Golfo de Corinto.

Visão panorâmica da janela do nosso quarto.

 Centro da cidade de Delfos.

 A cidade de Delfos fica literalmente em uma montanha, então para se deslocar de uma rua para outra temos que subir e descer escadarias!

Mais tarde saímos para jantar na Taverna Gargadouas, recomendada pelo guia Lonely Planet. O lugar é simples, com mesas internas e externas. Experimentamos pela primeira vez um outro famoso prato grego, o Moussaka (μουσακάς), uma espécie de torta de carne com berinjela (23 euros para 2 pessoas, com bebidas, pão pita e salada grega inclusos). Voltamos ao hotel para tentarmos descansar para a maratona do dia seguinte!


Jantar na Taverna Gargadouas. Prato principal: Moussaka!


Para ver nosso roteiro dessa viagem que durou 23 dias clique aqui.
Para nos seguir no Instagram: @anamais3 

Nenhum comentário: